terça-feira, 15 de agosto de 2017

Vamos falar de: Tudo e Todas as Coisas

“Se minha vida fosse um livro e você o lesse de trás para a frente, nada mudaria. Hoje é igual a ontem. Amanhã vai ser igual a hoje. No livro de Maddy, todos os capítulos são iguais.”

Tudo e Todas As CoisasTítulo: Tudo e Todas as Coisas 
Autores: Nicola Yoon
Editora: Arqueiro 
Quantidade de páginas: 280
Publicação: 2017

Sinopse:A doença que eu tenho é rara e famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Não saio de casa. Não saí uma vez sequer em 17 anos. As únicas pessoas que eu vejo são minha mãe e minha enfermeira, Carla.
Então, um dia, um caminhão de mudança para na frente da casa ao lado. Eu olho pela janela e o vejo. Ele é alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. Ele percebe que eu estou olhando e me encara. Seu nome é Olly.


  Apaixonante... Não tem como falar da escrita de Nicola Yoon, e não destacar esta palavra.
 Essa autora foi uma das grandes surpresas que tive este ano. Com sua escrita simples, cativante e cheia de significados, ela ganhou minha admiração com “O sol também é uma estrela”, e agora com a leitura de “Tudo e todas as coisas” isso só se confirmou.
“A vida é um dom. Não se esqueça de vivê-la.”
 Tudo e todas as coisas conta a história de Madeline, uma garota otimista que por causa de uma doença imunológica rara, diagnosticada quando ainda era bebê, vive uma vida solitária, convivendo somente com sua mãe e a enfermeira em sua bolha protetora.

 Mesmo não podendo conhecer o mundo, Mad ainda se mantém sonhadora e determinada a não fazer com que sua condição a desanime.
  Até que uma nova família se muda para casa ao lado, fazendo com que Mad se de conta do que está perdendo.
 Logo na chegada da família, Madeline se encanta com Olly e o sentimento e recíproco, dando a garota uma nova ocupação, a de “espiã” dessa família.
 “Tudo envolve riscos. Não fazer nada também é arriscado.”
 O desenvolvimento da amizade de Olly e Mad é algo natural, começando pela curiosidade e se tornando algo essencial para ambos. Para Mad, Olly é sua conexão com o mundo e para Olly, Mad é seu escape dos problemas da família e principalmente de seu pai agressivo e alcoólatra. Isso faz com que ambos dentro das limitações de Mad se tornem inseparáveis.
 E quando o amor chega, vem a vontade de tocar, de beijar e de estar junto, mas o que se pode fazer se tudo isso é proibido? Se um simples aperto de mão pode matar Mad?
O jeito é arriscar e ir até as ultimas conseqüências para viver esse amor, e se essas conseqüências envolvem uma viagem romântica para o Havaí, para ver o mar pela primeira vez, Mad não pensa duas vezes, afinal, para ela existem coisas pela qual vale a pena arriscar.
“Amar alguém com tanta intensidade como minha mãe me ama deve ser como carregar o coração fora do corpo, sem pele, sem ossos, sem nada para protegê-lo” 
 É lindo ver a cumplicidade de ambos nascer, é lindo ver como ao seu modo cada um se torna a força do outro. Mas também é lindo ver a forma como Madeline se relaciona com as outras pessoas na sua vida, como Carla não e só sua enfermeira, mas também sua melhor amiga e como ela se preocupa com o peso que sua doença pode trazer para vida da mãe e seu amor incondicional, até mesmo o pai e o irmão, que morreram quando ela ainda era muito jovem, ganham um espaço no grande coração de Mad. 

Por: Erika Duarte 

Nenhum comentário:

Postar um comentário