quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Vamos falar de: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada


  Harry Potter e a criança amaldiçoada, o oitavo livro da série, o tão aguardado livro que narra às aventuras dos descendentes de nossos heróis, amado por uns, odiado por outros e finalmente lido por mim.

Harry Potter E A Criança Amaldiçoada (Brochura)
Título: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
Autora (s): J.K Rowling, John Tiffany e Jack Thorne
Editora: Rocco
Quantidade de páginas: 352
Publicação: 2016

Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.


"Seja sincero com aqueles que ama, mostre sua dor. Sofrer é tão humano quanto respirar."

  Demorei muito para dar uma chance ao universo criado por J.K. Terminei a leitura de As relíquias da morte em junho deste ano, então não posso dizer que esperei muito por este oitavo livro. Na verdade, eu não esperei nada por ele, e talvez seja este o motivo por eu ter gostado da leitura... Não teve ansiedade nem espera, somente foi mais uma leitura prazerosa.

  O grande diferencial deste livro é sua escrita. Primeiro que não teve somente a mão de J.K na história e segundo é que o livro se trata de uma peça de teatro, e para quem esta acostumada com a leitura de romances, o estranhamento é normal.

"Porque você aguentou firme, mas ainda não sabe disso. E vai precisar de amigos."

  A história se passa 19 anos após os acontecimentos de As relíquias da morte, e sua cena inicial é uma réplica do que lemos na página final do livro 7 (não chega a ser idêntico, pois algumas falas e acontecimentos não batem). Nela temos então o jovem Alvo Potter embarcando no trem para seu primeiro ano em Hogwarts, onde conhece o queridíssimo Escórpio Malfoy, e assim como aconteceu com seu pai em A pedra filosofal, Alvo ganha seu companheiro de aventuras e melhor amigo antes mesmo de chegar na escola. Vale ressaltar toda a chatice de Rosa Granger-Weasley, tirando a aparição desta personagem desnecessária, a viagem ocorre bem, as crianças chegam na escola e é ai que os problemas de Alvo começam. 
 Confirmando o seu temor, o pequeno Potter entra para a Sonserina <3, e ao contrario do que tinha prometido ao filho, Harry Potter não reage bem a essa notícia, e a decepção do pai junto com a pressão que o nome Potter causa em Alvo, contribui para um grande distanciamento entre pai e filho.
  Muitas coisas passam a dar errado na vida de Harry: Sua péssima relação com o filho, o surgimento  de novos rumores e movimentos suspeitos entre as “forças do mal”, o ministério da magia descobre um vira-tempo, objeto que julgavam extintos e a pressão de antigos conhecidos como Draco Malfoy, que precisa que o ministério desminta um boato maldoso sobre seu filho e Amos Diggory que busca justiça para Cedrico.
  
 Acontece então de Alvo escutar uma conversa de seu pai com Amos Diggory, e fica revoltado com a falta de atitude de Harry (sendo que não tinha nada que Harry pudesse fazer), e decide resolver as coisas ele mesmo. Com a decisão tomada, ele convoca seu companheiro e juntos eles vão atrás do vira-tempo para salvar Cedrico Diggory. Como em toda história de viagem no tempo, muitas coisas começam a dar erradas quando eles passam a mexer na linha do tempo, entre elas o surgimento de um filho desconhecido de Lord Voldemort.

"É claro que eu o amava… e sabia que aconteceria tudo de novo… que sempre que eu amasse, causaria danos irreparáveis… Não sou uma pessoa talhada para o amor… Nunca amei sem causar prejuízos…"

 A história é agradável de ler (desde que você não tente comparar ela com os outros sete livros), e tem muitos momentos fofos e emocionantes para os fãs da série, o meu preferido é a aparição do meu adorado Severo Snape, mas também temos um pouquinho de Alvo Dumbledore.
  As críticas do livro fica por conta da descaracterização de alguns personagens. Não era a Minerva McGonagall que conhecemos, e cadê o Harry Potter que foi todo compreensivo com o filho e acalmou seus medos?  Além da falta de lógica de alguns acontecimentos, como é possível a Bellatrix ter tido uma filha e ninguém ter percebido? E por que Voldemort precisava de um herdeiro se ele era imortal?

 Apesar disso, é uma leitura que vale muito a pena! É rápida, fofa, emocionante, nostálgica e seus protagonistas são da Sonserina. 

Por: Erika Duarte

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Vamos falar de: Pax

Boa noite! <3
Tudo bem com vocês? Estão curtindo as férias?
Estou aproveitando este período maravilhoso para colocar a leitura em dia e comecei por um livro que tenho certeza que vocês também irão gostar. 




Título: Pax
Autora: Sara Pennypacker
Editora: Intrínseca
Quantidade de páginas: 288 
Publicação: 2016
Skoob











Sabe aquele tipo de livro que já te encanta pela capa? Pax já se destaca nas prateleiras das livrarias por este motivo, porém acreditem, esta beleza é apenas um detalhe no meio das milhares que ele possui. Considerado um livro juvenil, como muitos outros clássicos nesta categoria, ele é indicado para todas as idades.
Peter é um garoto que tem uma raposa chamada Pax como bichinho de estimação e, em uma época de guerra, é forçado a morar com o avô, já que o pai opta por se alistar. Como exigência do pai, o menino é obrigado a abandonar sua raposa sem poder se opor, sendo essa uma das coisas mais difíceis que ele já fez na vida.
Claro que, ao chegar na casa do avô, Peter se arrepende do ato. Ao analisar a situação e relembrar coisas do passado, não consegue achar um sentido para a ordem do pai.

"[...] Abandonar Pax não era o certo a fazer. [...]"
P.27

Para poder encontrar o amigo que foi abandonado à quilômetros de distância, o garoto foge da casa do avô.
Um ponto muito importante é que a narrativa do livro intercala entre Pax e Peter. Fica muito evidente para o leitor o amor que ambos sentem um pelo outro, até porque, Pax está sempre a procura de "seu menino", passando por situações complicadas para uma raposa que, desde pequena, foi criada por humanos e Peter, um garoto de apenas doze anos, se submete a muitas privações e caminhadas cansativas para achar o amigo. 
Além da amizade, a autora passa ao leitor o quanto a guerra é destrutiva, não só para os humanos, mas para a natureza e os animais.

"[...] Tem uma doença que às vezes dá nas raposas que as faz deixar de agir de maneira normal e atacar estranhos. A guerra é uma doença humana parecida. [...]"
P.72

O livro não só traz esta questão do amor e da fidelidade como também emociona. Alguns personagens que aparecem ao longo da história, como por exemplo, Vola e Arrepiada, contam seu passado e de como ele tem afetado a vida delas. Muitas atitudes e fatos ocorridos nos tornam o que somos, porém, "nem todos os humanos gostam de guerra" e "nem todo erro deve receber punição para sempre"... Dar uma nova oportunidade para a vida é necessário!

"[...] Os pedidos de desculpa nunca restauravam os danos. [...]"
P.125 

Algo que me incomodou um pouco foi o final. Adoraria saber o que aconteceu com os outros personagens e de como certas relações ficariam no futuro, porém, isso não tira a magnitude do livro. Leiam, independente da idade... É um livro que realmente pode ser passado para várias gerações. <3
Espero que tenham gostado da postagem!
Até a próxima!
Ass: Ellen Diniz